[035] A Escola Secundária Nº 1 do Seixal em 1989-90: as minhas turmas do 7º ano no final do 2º período

Memórias

Devo ter combinado tirar fotografias às minhas turmas do 7º ano na tarde de 27 de Março, uma 3ª feira, a poucos dias do final do 2º período.
Cada turma escolheu o lugar da Escola que mais lhe agradou para ser fotografada, e o mesmo fizeram alguns grupos que pretenderam fotografias adicionais.
Não me recordo por que associeí a cada uma das turmas um «nome forte» no verso da respectiva fotografia, mas decerto teve a ver com uma característica evidente da sua dinâmica colectiva:

O MAGNÍFICO 7º F:


O EXPLOSIVO 7º I:


Onde estavam a Carla, a Ana, a Sandra, a Élia, a Olga, a Sandra e a Cátia:

E ainda o Armando, o Luís, o Ezequiel, o Raúl e o Rui:

O ULTRADINÂMICO 7º H

Onde estavam o João, o Vítor, o Paulo, o Zé Carlos, o Ricardo e o Pedro:


Comentários

Ver velhas fotografias é agradável para quem esteve nelas implicado, ou como fotógrafo, ou como fotografado, ou até como mirone. Mas, para todos os outros, ver velhas fotografias pode limitar-se a uma curiosidade, a um enigma, ou, até, a um engano.
Tomando como exemplo as fotografias que relembrei acima: para mim que as tirei, voltar a ver estes breves momentos destas turmas e dos seus grupos, tanto traz lembranças, como traz interrogações.
Em primeiro lugar, as lembranças. Há nas poses instantâneas destas alunas e destes alunos uma mistura de «individualidade» e de «colectivo», que me recorda cada um(a) era e o estilo da sua turma ou do seu grupinho. Mas também há, como contexto, «o dia» em que todos estávamos, com o Sol, com a proximidade das férias da Páscoa e, claro, com «um sítio» da escola (um dos espaços abertos e dos recantos que esta malta já explorara nesta sua «outra casa»).
Depois, as interrogações. Como estaria a ser «este ano lectivo» para cada uma destas moças e para cada um destes moços? Como se acumularia isso com a memória das sucessivas «escolas por onde já tinham passado», sentir-se-iam a «crescer» ou a «minguar» como pessoas? Como iria ser o seu futuro, nesta «escola» e na sua «vida»?
E ainda posso acrescentar uma outra interrogação, mais perturbante, por se referir a «ausências»: que teria entretanto acontecido aos que já não podiam estar nestas fotografias, por terem abandonado a escola durante os meses anteriores?
Tenho de olhar assim para estas fotografias, se não me quero limitar a repetir (e mal) o que já passou. Mas, até que ponto é possível voltar a olhar para estas e outras imagens do passado de modo a que elas me tragam (e a quem mais as olhar) algo mais do que o momento e a circunstância em que foram tiradas?

Fontes: Pedro Esteves / Álbum de fotografias analógicas ESJA Dois (F31, F32, F34, F35, F36 e F36A)

Sem comentários:

Enviar um comentário