[063] O 3º ano do Projecto AlterMATivas (1992-93) e a minha turma que o acompanhou desde o início

Memórias

1992-93 foi o terceiro e último ano do projecto AlterMATivas.
A intenção dos autores havia sido dar continuidade às mesmas turmas, mas isso não sucedeu com nenhum de nós, apesar de solicitado às escolas envolvidas: devido ao número de alunos que não transitavam, era inevitável haver uma recomposição das turmas; mas a equipa que as constituía e a que depois elaborava os horários introduziam, sempre, outras decisões que alteravam o que delas se esperava.
Assim, chegei com uma única turma ao 9º ano, composta por alguns alunos que se mantiveram juntos ao longo de todo o 3º Ciclo (os primeiros a quem, comigo, isso acontecia), por uns tantos que só acompanhei nos dois últimos anos e ainda por mais alguns que apenas conheci no 9º ano.
Eis a turma em causa:


Em termos de inovação de materiais pedagógicos foi o pior ano do AlterMATivas: os autores tinham turmas dispersas pelos três anos de escolaridade, tendo decidido apoiar os colegas que agora se iniciavam com turmas da reforma curricular, no 5º e no 7º ano.

Comentários

Em termos de sucesso educativo, que esteve muito longe de depender apenas deste projecto, os resultados destes três anos nas minhas turmas ficaram bastante aquém do desejado.
Mostro a seguir os números que o traduzem (tendo em conta que só o 7º ano de 1992-93 estava abrangido pela escolaridade obrigatória, são apresentados, nos outros casos, dois valores para o sucesso: a azul corresponde a inclusão dos que abandonaram os estudos; e a vermelho não os inclui):

Impressionam os valores do «abandono» no 7º ano (incluindo no ano lectivo em que este nível de estudo se tornou obrigatório) e os cerca de «um em cada quatro» alunos que «não transitaram» no 7º e no 8º anos.

Fontes: Pedro Esteves / Arquivador analógico ESJA Cinco (Doc. 107)

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