[014] O difícil início de 1987-88 na Escola Secundária do Seixal (e no Distrito de Setúbal)

Memórias

Em 1987-88, o espaço da Escola Secundária do Seixal foi ampliado com aquele que se passou a chamar Pavilhão D e com o espaço circundante que lhe estava associado. Na planta seguinte este acrescento está situado à direita (comparar com a planta inserida no testemunho «001»):


A partir desta altura o espaço escolar passou a ser constituído por dois níveis topográficos, um mais baixo, onde se encontravam os pavilhões que a escola já possuía, e outro mais alto, onde se situava o Pavilhão D e, hoje, se encontra o Gimnodesportivo. A separar estes dois níveis continuava a estar a barreira à qual se encostavam o antigo Pavilhão B e, sob ele, o Ginásio e o Refeitório.

Esta foi a origem da principal dificuldade em iniciar normalmente o ano lectivo, pois teve consequências transversais nos equipamentos, nos serviços (caso do segundo bar), nos funcionários e nos professores. O Conselho Directivo elaborou um relatório sobre o que estava a acontecer, o «Diário de Lisboa» fez uma reportagem eloquente sobre o assunto e a inspectora Fragoso acompanhou, com alguma calma, o modo como o CD estava a resolver os problemas.
Como o Pavilhão D tinha sido destinado ao 7º e ao 8º ano, não admira que os problemas destas turmas tenham sido persistentemente abordados nas reuniões do «directivo» (em 7, 21 e 29 de Setembro; em 6, 8, 13 e 27 de Outubro; em 3 de Novembro; em 7 e 15 de Dezembro; e em 2 de Fevereiro).
Quanto aos docentes, o CD decidiu proporcionar-lhes uma mudança que iria durar até à construção do actual pavilhão principal: a Sala de Professores foi transferida para a sala A1, muito próxima da entrada na escola (decisão que foi abordada nas reuniões de 29 de Setembro e de 6 de Outubro). Seria inevitável, pois o acréscimo do número de professores tornara inviável a sala que funcionara até então.

Não foi só a Escola Secundária do Seixal a ter um início de ano difícil: como a rede escolar estava a sofrer uma pressão para a qual não tinham sido atempadamente procuradas respostas, havia, em todo o Distrito de Setúbal, na altura em que a referida reportagem do «Diário de Lisboa» foi publicada, cerca de cinco mil alunos sem aulas:




Comentários

Para uma leitura da reportagem do «Diário de Lisboa» (e também para o seu down load), aceder a http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa, escolher o ano (1987), o mês (Outubro), o dia (8) e as páginas (4 e 5).

Na fotografia desta reportagem vê-se, em baixo, a entrada para o Ginásio (porta à direita) e para o Refeitório (porta no topo da rampa); e, em cima, as janelas do Pavilhão B (as tais que estavam viradas para Poente e que, por não terem protecção contra o Sol, tornavam impossíveis as aulas da tarde).

Fontes: Pedro Esteves / Arquivador analógico ESJA Dois (Doc. 6; Doc. 22); Arquivador digital da Casa Comum (Diário de Lisboa: http://casacomum.org/cc/diario_de_lisboa)

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