Memórias
Quem entrasse na Sala de Dinamização Cultural durante este ano lectivo teria boas hipóteses de a ver tal como estas fotografias mostram (elas foram tiradas no dia 23 de Abril de 1991):Vista geral |
O Celestino Carmo e o Rui Oliveira jogando ao «Isola» |
A Dona Mariana, responsável pela Sala |
De certo modo, este foi um ano semelhante ao anterior, mas talvez mais intenso, e com mais ideias a surgirem.
Em 19 de Novembro, tal como em anos anteriores, foi comemorado o Dia Mundial do Xadrez:
As anunciadas «2 versões bizarras» eram o Mini-Xadrez e o Maxi-Xadrez |
O 3º Torneio de Xadrez foi separado em três: o de sub-20 e sub-18, conjuntamente; o de sub-16; e o de sub-14. No final do 2º período os dois primeiros tinham terminados, destacando-se neles, só com vitórias, o Mário Barros e o José Carlos Lopes.
Eis os respectivos resultados:
O torneio sub-14 só foi concluído no 3º período, tendo o Rui Neves vencido todos os seus jogos (o José Manuel, que disputava o seu primeiro torneio, ficou em segundo, só tendo cedido um ponto frente ao vencedor do torneio):
Não tiveram grande êxito as tentativas de retomar a Oficina de Materiais com a participação dos alunos. Uma delas consistiu no seguinte folheto publicitário (os colegas de Mecanotecnia devem ter garantido previamente que arranjariam velhas peças para o efeito):
Mas, durante o ano, foi sendo equilibrada a relação entre os materiais produzidos e as respectivas fichas de apoio (ainda escritas à mão). A Sala passou a dispor de vários Quebra-cabeças (o Circuito Fechado, os Pentaminós, o Prisioneiro, o Seis Cores, o Soma-Cubo e o Tangram) e de ainda mais Jogos (a Batalha Naval, o Boxe, as Damas, o Isola, o Jogo de Black, o Jogo do L, o Policia e Ladrão, o Teeko, o Xadrez, o Maxi-Xadrez e o Mini-Xadrez).
Eis uma parte destes materiais, todos produzidos na escola (usando, sobretudo, placas de vinil), à excepto o quebra-cabeças Prisioneiro (que foi adquirido):
Quebra-cabeças |
Jogos de reflexão |
Alguns professores mostraram ter percebido a importância destes materiais: uma colega (teria sido a Dulce Oliveira?) pediu que lhe fossem dadas sugestões de «jogos» interessantes para os tempos livres da escola da sua filha; e o Armando Pina ofereceu à Sala um tabuleiro e peças de Xadrez executados em madeira e cortiça.
E um raro Jornal de Turma, o do 8º C, designado Expressivamente Escrevendo e coordenado por Arlinda, Ana Maria, Isabel Nunes e José Fanica, divulgou uma entrevista conduzida pelos alunos Hugo e Bruno que dá uma ideia sobre o que se fazia na Sala de Dinamização Cultural:
Na página «Documentos» do blogue «Cosmovivências» (https://cosmovivencias.blogspot.com/ ) estão acessíveis as regras de muitos dos quebra-cabeças e jogos referidos acima.
A Sala de Dinamização Cultural estava a desdobrar-se em várias frentes, sendo a mais visível a da Ludoteca. Também se realizavam nela eventos relacionados com a sua dimensão lúdica; e foi nela que se abrigou (por um ano) o Clube de Francês. Mas foi a acumulação que se começou a fazer nesta Sala dos materiais relacionados com a didáctica da Matemática que levou a que, durante este ano lectivo, surgisse a ideia de ainda aí incluir um Laboratório de Matemática.
A estratégia para tal seria interessante: realizava-se uma exposição no final do ano lectivo, integrando-a nas comemorações do 25º aniversário da escola, e o que para tal se produzisse seria o património com que o Laboratório depois arrancaria.
Segundo o plano que chegou a ser esboçado para essa exposição, esta seria do tipo «interactivo» (como hoje todos os museus de ciência fazem), aberta às comunidades escolar e educativa, e teria uma componente oficinal, onde seria possível produzir réplicas dos materiais que estivessem acessíveis aos visitantes, destinando-os a outras escolas. E o seu conceito educacional poderia ser traduzido deste modo (muito antes de os reformistas da educação começarem a falar em «flexibilidade curricular» e em «articulação do curricular com o extracurricular» …): “Como futuro Laboratório, é de realçar a filosofia pedagógica activa que se pretende concretizar: o espaço aula, em transformação, deve ser apoiado por outros espaços que tornem o processo de ensino-aprendizagem mais maleável aos ritmos e aos interesses de cada um.”
Houve, infelizmente, trabalho em demasia; pelo que esta exposição nunca foi realizada.
Fontes: Pedro Esteves / Arquivador analógico ESJA Três (Doc.s 106, 108, 111, 118, 119, 122, 130, 147 e 161) / Arquivador digital Tese de mestrado (4EXPR64) / Álbum de fotografias analógicas ESJA Três (F101: 11, 12, 33, 34 e 35)